11/01/2010 14:26
CARTA AO PROLETÁRIO
Todo revolucionário é um visionário movido pela ideologia, sendo assim, não fica difícil concluirmos que, a ultima batalha da revolução proletária sera travada ao nível da consciência.
As massas hipnotizadas e amordaçadas pela mídia burguesa e todas as ferramentas do seu sistema capitalista, não chegam a ser totalmente alienadas, percebem que algo esta errado e algo precisa ser feito, o que a burguesia consegue suprimir às massas, é a faculdade de utilizar os. Porque? e os. Como? A noção de que algo esta errado e que urge a necessidade do curso da historia ser transgredido e redirecionado, é uma noção nata. Isso é, esta noção esta enraizada como um arquétipo a nos direcionar. Esta necessidade, este farol a nos guiar eternamente, é inconsciente, isso o sistema capitalista não consegue arrancar das massas, se fosse assim Karl Marx não nos legaria esta máxima. “A historia da humanidade é a historia das lutas de classe”. Partindo desta afirmação, podemos pensar no norte proletário revolucionário.
Ao pensar este norte, fica fácil entendermos porque a historia da humanidade, é a historia das lutas de classes. O proletário, (mesmo não lhe parecendo muito claro), percebe que algo precisa ser substituído, as massas só não entendem que o que é preciso fazer, é a destruição do sistema capitalista e a instauração da ditadura do proletariado. As próprias massas alimentam e conservam o sistema capitalista, alimentam com sua letargia e semi-alienação, um pouco também por não enxergarem outra forma de convivência social, (ou inter-relacionamento social) que não seja a democracia, ou autocracia, (o ser nasce aprendendo apenas estas duas formas). Sendo a falta de esclarecimentos e denuncias destes motivos, uma das falhas da vanguarda revolucionaria rumo ao sucesso revolucionário.
A partir da mais tenra idade, o ser humano começa a ser bombardeado com informações. Estas informações tem como único objetivo; doutrinar o pequeno ser, que hora entra na “cadeia de produção capitalista”, (é assim que o sistema vê o ser que nasce, uma futura maquina de produção e consumo), por isso a criança tem que ser saudável, forte, intelectualmente produtiva, sempre consumir menos do que produzir, (mais valia é o que mais importa para o sistema). O que este produtor, (proletário) do sistema não pode ser ou ter; ter discernimento, ser consciente, lutar por seus direitos, não pode ler os autores considerados malditos pelo sistema-censura-, (Bakunim, Marx, Lenin, etc.). A teia formada pelas tenazes do capital crescem e se transformam a uma tal magnitude, que fica quase impossível ao proletário desvencilhar-se desta malha.
Quais os brinquedos que o sistema coloca a disposição do pequeno ser logo de seu nascimento? Já paramos para analisar? Quais os verdadeiro intuitos existentes por traz dos ditos “inocentes” brinquedos? E quando tem que enfrentar uma escola pela primeira vez. O que encontram pela frente? O que o sistema educacional burgues publico e privado oferece para as crianças? Este sistema educacional evolui intelectualmente a criança? Ou apenas a prepara para produzir nas linhas de montagem e nada mais? E quando crescem um pouco mais, (na adolescência), o sistema lhes oferece drogas baratas, e uma vida mundana em troca da venda do seu cérebro e por conseguinte a sua semi e total alienação. Ao meu ver, uma das falhas da vanguarda revolucionaria, é não entender este "paradoxo" pelo qual passam as massas. As massas sentem que é preciso fazer algo, mais não sabem bem o que é preciso fazer. Seria bem mais fácil, (para chegarmos ao sucesso da revolução), fazermos todo um trabalho de conscientização junto as crianças, crianças até os sete anos aprendem muito, após terem aprendido, administram o conhecimento por toda vida, alem disso são curiosas. Adolescentes carregam uma rebeldia nata, são insatisfeitos em tudo. Porque são insatisfeitos? Porque o sistema lhes cobra a vida, e com certeza, a vida os adolescentes não estão interessados a entregar-lhe. O adolescente se interessa bem pela revolução quando, é colocado a seu alcance as ferramentas revolucionarias para tal a discernir. O sistema educacional não o evoluiu o bastante para que ele estude e entenda, os livros revolucionários são até boa parte, difíceis de entender para os que não cultuam o habito regular da leitura. Neste caso as vanguardas tem por obrigação informar e apoiar as massas na jornada do saber revolucionário, procurando uma forma de simplificar ou resenhar as grandes obras revolucionarias, apenas buscando o conhecimento também poderemos esclarecer e auxiliar os que procuram o conhecimento revolucionário. Revolução não é moda, é um eterno aprender e um eterno praticar. Revolução não é para ser colocada em marcha apenas nos botecos de sexta feira, é para ser discutida nos ônibus, nas fabricas, mas obras, nas escolas, nas pistas de sk8 e em todos os lugares.